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Terminado o serviço, bolado, fato consumado, procuro um lugar para mandar as idéias para o ar, no fundo do trampo quem sabe exista um vão, saindo pelo portão lateral eu descubro que não, pior ainda tem a tiazinha do escritório vizinho de olho, comprimenta, disfarça e vai caçar outro lugar, na frente do quintal do trampo nem vai rolar, melhor cair pra rua, meia quadra a cima, curva estratégica para a esquera, na quina uma casa pra vender ao lado dela outra e o cenário ideal cabou de dar sopa, acendo e asceno prum louco que passou do outro lado da rua: "firmeza" - "um pega" - "na boa" - "pode chegar". Conversa afia e desafia, consome o tempo, o beck, o vento, bate de leve pra aliviar o calor, na cidade morena, são meio dia e quarenta, sol a pino, 32º sem ventilador: "valeu" - "valeu", despedimos e cada um segue o seu caminho, aproveito o escritório vazio, to sozinho, ligo um som e fico curtindo, a lombra, o tereré e o samba fino.
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