sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Eu não sou poeta.


Acordei hoje como em qualquer outro dia, roubei dez minutos do relógio no celular, mais dez, mais dez, mais dez, caralho já são oito horas. Nem mesmo deu tempo de recuperar as forças, parece que pisquei os olhos e já é dia. Aqui no meu quarto não tem cortina, o sol entra de sola e grita "levanta vagabundo", sempre tento acompanhar menos nos dias em que a preguiça diz: catiça. Pronto resolvi pular da cama, tô cansado de dormir chegou a hora de levantar pra cuspir, um pouco de saliva é útil pra colar a seda, bolei um dando um cagão lembrando pelo cheiro da cerveja, que noite anterior. O importante é lembrar o dia do poeta chegou, os seus problemas vão acabar, não dá tempo mesmo de comemorar vou de moto taxi, não posso atrassar, quanto é da carmélia até o vilas boas? Dez a menos na conta, meia hora a mais ou a menos de atrasso, faço aqui um desabafo, se eu fosse poeta eu seria um chato.


Marco Cardoso

Poetrix

O resto passou

Deste ano
ficou somente
alguns dentes.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Cena


É sabido de todos que a cena de campaum é mais fraquinha que o time do corinthans, mas num custa nada pedir a Jah uma iluminação e pros que clamam por um grito de diferença em meio ao marasmo de bandas de imitação, vem aí: Coisa de Preto.

A minha promessa para 2008. Caso eu consiga encontrar algum maluco que embarque nesta história comigo, vocês não perdem por esperar.

Natividade


Salve salve minha gente.
Natalzão passou e o que ficou de bom foi a união da família, quem passou longe dos seus recebe daqui deste lado um grande abraço e desejos de que a paz reine no seu próximo ano.
Sem engano vos digo que só o amor supera tudo e graças a Deus eu sou muito grato pelo amor que recebo todos os dias da família e da minha esposa. Sei que muita gente pode ficar até com o pé atrás com declarações deste tipo, pois vemos todos os dias os políticos sociais mentindo pelos cutuvelos e levando vantagem por meio da desvantagem do seu próximo. Porém meus caros leitores (desculpe pretenciosa declaração no plural mamãe), na real o fato de eu usar este blog para libertar os meus sentimentos representa pura e simplesmente a vontade de dividir com alguém o amor que sinto.
E o hoje quero dividir com você que lê essa bodega um pouco de sentimentos positivos, um sorriso, um abraço e até um beijo no rosto das meninas. O barato é que aqui tento fazer nascer uma corrente do bem, não uma daquelas correntes que se tu não enviar para dez desgraçados amigos amargará uma tremenda maldição. A corrente em questão é um incentivo, um empurão, uma bica pra frente, um bumba meu boi, quem estava triste quando der por si já foi, desta pra uma bem melhor de humor. Sem mais delongas espero que essa vibe chegue nas maos de quem merece, paz, amor, feliz natal e um pouco de reggae.

Ouvindo Djavan

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Conto que num vale um conto.


Prenuncio do dia.


Oito e dez, teria de entrar as oito. Tomei cinco cervejas e minha cabeça pesa, ontem ainda finalizei a noite ao melhor estilo das periferias de Campo Grande, melando os dedos. Acordei atrassado e corri pro banheiro, tomei um banho de gato e bolei logo ali no ato sentado no vaso o meu pretencioso articulador de pensamento atrassado. Do banheiro para o quarto me vestindo no intervalo, calço os sapatênis sentado no estrado da cama, ontem dormimos no chão, os colchões foram encaregados de amortecer as estripulias. Abro a bolsa já pronto pra partir e me deparo com a falta do fogo pra botar no faz me rir, que merda. Vou da cozinha pra sala da sala pra cozinha tentando manter acessa a chama de um isqueiro sem pedra, que quase explode na minha mão, na terceira tentativa queimão em vermelhidão, isso é bem a cara da sociedade consumista produzindo porcarias de sub-produtos que não valem nem uma cebola.

Quando o desespero já me fazia companhia encontro na varandinha uma caixa de fósforo e desesperadamente alcanço e abro, dou de cara com um único palito, um único e salvador palito de cabeça vermelha. Na primeira tentativa o fósforo se quebrou ao meio, a tensão tomou conta das minhas trêmulas mãos e num ápice de desespero risquei o palito na lateral da caixa e protegi dentro da minha camisa a chama do fósforo, pela gola levei a diamba até a chama e pimba, de casa até o ponto de ônibus acrescentei alegria. Foi mesmo bem bolado esse prenuncio de dia.


Marco Cardoso

Poemeta

riminha

não ouvi nada
num vi nada
seu doutor
e se perguntarem
não ta mais aqui
quem falou
evito assunto
é a lei
da rua
fico na minha
você fica na sua.

Marco Cardoso

Dêga uma dica

A dica de hoje é pra quem curte música.
Essa foi fraquinha, pois na real quem é que não curte música nessa porra aqui.
Mas deixando de lado todos os fatos, queria deixar registrado o meu salve pro Bruninho Xavier grande brother que ta mandando muito bem nos trampos com a galera da Brasileto. Olha a coooorrrdaaaaaa. kakkakaak.
Voltando a dica lá vai:

http://umquetenha.blogspot.com/

Entra lá baixa e se esbalda.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Continho

Só tenho base

Acabou o meu estoque de felicidade (do boldim), desci até o bar do Regis um paraguayo barrigudo que sempre atende com um ar de amizade e um sorriso de malandro que na verdade esconde tudo, tá ligado aquele riso de viés maroto que não vale um vintém. É de lei entro no seu bar e tenho sempre a impressão de que serei ludibriado, esta sensação aumentou quando deparei com seu neto Bolachão ao meu lado, alisando seu bigodinho de malaco com um taco de sinuca debaixo do braço. Truquei no ato - eae bolacha faz a nossa? Recebi um recado despreocupado do gajo, só tenho base e ta regado.


Marco Cardoso

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Foi


Confundi a sua astúcia com a cara da sua irmã de puta

Na fluminense esquina com a pernambuca
Era assim que ela gostava de ser chamada
A irmã do broder
Diz ae brodeeeeeerrrrrrr
Cheio de balangandãs
Passava até um baseado
Na mão de playboy que toma balão
Mas num toma ralo
Quando ouvi ela dizer sabe quem é meu pai
Não pude conter a resposta
Sabe qual o tamanho do meu pau
Como proposta
O portão ta fechado
Eu pulo prendo o cachorro e abro a janela do meu quarto
O cachorro não pode ver um negão que não para de latir
Se o cachorro era racista imagina o pai
De manhã na salaVolta da ida pro trabalho de sopetão
Chama o camburão que é ladrão
Pula a janela da sala e o murro com uma mão
Fala Pernambuco o que você quer?
Um pegou no olho outro na cabeça uma benção no peito
Sabe jogar capoeira Pernambuco?
Sua irmã ginga bem
Filho da puta vai morrer negão
Três meses tomando pau todo dia dos homi
Já nem sei aonde dói
Dói tudoEntão atira seu cusão
Hoje eu não vou entrar no camburão
Foi todo mundo
Nem sabia que conhecia tanta gente
Tem uns maluco que não encontrava faz uma era
Mas não vai dar nada
Amanhã já estão nas ruasFazendo patrulha
Pernambuca puta dando a bunda.

Marco Cardoso

Viria a calhar ou credores a postos.


De volta com os pensamentos bem mais leves do que antes.

Hoje estou 40% mais feliz (esta só entende quem trabalha comigo),

mesmo assim mantenho as esperanças de que até sexta eu esteja

100% e melhor, bem melhor. Pois é sabido de todos que mereço

um aumento, porém todavia entretanto o problema é meu.

Como diria minha mãe quem mandou escolher este trampo,

quem mandou não estudar, vai prestar concurso muleque.

Pra quem não presta é difícil, participar deste tipo de seleção,

afinal de contas o salário sai ou não.

O barato é louco.


Tô aqui na hora do rango em frente a minha mesa, laricado no último e ouvindo o som do 509E. Puta que pariu som de prima, to partindo agora prum rolé pra homenagear o meu tio BOB, mais um dois to ai de volta. Só passei aqui pra desejar a qualquer alma penada que passe neste recinto uma quarta feira iluminada. Inspiração.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Poemeta

Hematoma

O frio de hoje
congelou a ponta dos dedos
rasgou a canela ao meio
como diria a periferia
o bagulho ficou feio
quando os homi da lei
chegaram
borrachada em réu primário
soy trabalhador seu doutor
desta vez não funcionou.

Marco Cardoso

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Poeminha pé no chão

Não quero a beleza plástica/
enfeitada com fricotes/
maquiagem/
e roupas de marca/
Não quero a chapinha no cabelo/
os lábios de batom colorido/
e o sapato salto alto/

Desprezo o comentário fútil/
o tratamento forçado/
e as pessoas que trazem um crocodilo escondido no sorriso/
Não me hipnotizo pela aparência bonitinha/
e muito menos pela ignorância bem comportada/

Quero ter a liberdade do mendigo/
a lucidez do bêbado/
a esperança do guardador de carros/
a astúcia do gari/
e a coragem do pedreiro/

Pois uma coisa nessa vida ainda me comove/
É a beleza pura da moça proletária/
Aquela que anda de ônibus lotado/
e nem liga de usar a mesma roupa na escola e no trabalho/

Mas apesar dessa escuridão/
e do tempo nublado/
Sigo por aí/
quieto e distraído/
Sempre acreditando que só alcança o sonho
quem enfrentou a estrada com os pés descalços
num chão de perseverança/
humildade e sinceridade/

danilo nuha

poema de um amigo que faz falta que joão antônio te guie e lima barreto ilumine vai na fé rabuja daniro san muito axé da caldeira pra tu.

Quarta de noite.


Pão, vinho e amor

Deus é justo

quem viveu

comprovou.


Marco Cardoso
Em homenagem, ouvindo: Na segunda Vinda - Black Alien.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Poemeta


A quebrada ta embaçada.


Os homi
tão apavorando
as áreas
todo dia
tanto bate
até que fura
na bala
borrachada
cutuvelada
e coronhada
num dá nada
seu doutor
eles são autoridade

nasceu pobre
se ferrou
tem direito de ficar calado
ser processado
trancado e violentado
no mais
seus dias estão contados
se denunciar
eles te perseguem
e você paga o pato
com juros e correção de dados
que é pra largar de ser folgado
e antes que eu me esqueça:

"vai trabalhar nego safado".

Escrevi este texto faz um tempo mais como já se sabe a situação contunua a mesma.
Ouvindo: Sonho meu - Xis.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Obrigado Corinthans


Só quero agradecer a gambazada por tornar o meu fim de ano mais feliz.

Quando eu pensei que as alegrias do ano de 2007 teriam se encerrado.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bora.


Disfarça
tem gente olhando
começa assim
a execução
de mais um plano
dechavado na esquina
da perdição
debaixo d'árvore
na plama da mão
dou trinta sessenta
noventa segundos
pro cheiro trazer
uma pá de neguim
pra cá
como é que faz
pra ficar chinês
é assim que
costumam perguntar
pro cês
pra mim
é que nem água
não se deve negar
mas se sujeito
num tiver procedimento
vai pra vala
não pestanejo em tirar
chega de papo furado
passo a bolar
enrolo com carinho
quem irá me levar
para uma dimensão mais ampla
do que se pode imaginar
tem espaço na roda
pode chegar
na ponta do pé
pra suspeita não levantar.
Ouvindo: Planet Hemp - Usuário - Não compre, plante.

Bebo por que é líquido.


Acorda vagabundo

pra cuspir

a ressaca de ontem

levanta da esteira

sacode a poeira

banha este corpo

parte pra outra

tira da boca

com pasta

o gosto da cachaça

e me faça o favor

de num reclamar

foi você

quem resolveu tomar

só mesmo

um tereré com boldo,

caferana e água trincando

pra ti

salvar

se é que algo poderia aliviar

um fígado que torce

para a cirose chegar.
Ouvindo: Jorge Ben - África Brasil - Ponta de lança africano.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Segunda divisão.


Dificulidades elevadas

ao máximo nível

jogaram nossa auto-estima

no lixo

o que é que isso

não precisa apelar

não vá subtrair

se tu num veio aqui

pra somar

tome o rumo de outro lugar

antes mesmo do time

entrar em campo

e para o meu total espanto

estamos derrotados

somos os mais vazados

do campeonato

sorte que pra cada gol sofrido

metemos mais cinco

pro nosso lado

só o talento haveria de salvar

quando o comando

demonstra imcompetência

não adianta reclamar

procure logo

outro time pra representar

meu passe está em aberto

leva quem pagar mais

meus comandantes

não são mais amigos

se tornaram rivais

endomarketing de mentira

não engana mais.



Poemeta sobre a atual situação da vida coorporativa do enquete que faço parte.



quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Poemeta


Morre lentamente

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Morre lentamente...


Pablo Neruda


Esse ai é pros que pararam no tempo e acreditam ser donos da verdade.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Muito obrigado pela compreensão.


- Deixa eu experimentar a lupa aê truta? ... ei qual é tratante vai tirar a favela, descola essa porra aê senão eu te quebro no meio.Ficou muito estiloso o negão de óculos escuros, parecia algum ator de filme americano, seu rosto expressivo dispensa fala ou legenda, sua pele brilhava reluzente no sol das três da tarde.Junto a ele estava sua namorada, negra também só que em tom mais claro, mais alta que o negro atravessava a rua sem pressa em busca das moedas, arrastando as chinelas havaianas que teimavam em soltar as tiras, seus dedos estavam de fora na cabiam naquele espaço, tal qual, seu calcanhar.Eu estava na terceira cerveja quando os vi sentarem na mesa posta embaixo da árvore ali na calçada, acompanhados de mais um guardador, eles pediram três pratadas de feijoada, comeram como se fosse a última refeição do dia e a primeira também. Interrompiam a refeição à cada carro que saia, reservando a cobrança do encargo.Na vez do Negro um homem arrancou sem pagar nada, ele voltou para a mesa esbravejando com os braços, entre xingamentos e a promessa de que se mais um playboy filho da puta arrancasse com o carro seria atingido com uma pedrada no vidro. Mudei de lugar para obter uma melhor visão, fiquei torcendo para que alguém saísse com o carro sem pagar nada e, isso aconteceu três minutos depois.O negro assim como era esperado atirou a pedra no vidro do carro, em cinco minutos o camburão já havia chego, em quatro a base dos guardadores já estava desfeita, saíram como flecha arrastando as caixas-cama-espreguiçadeiras de papelão ao som de palmas que vinham das minhas mãos. O negro se virou e veio em minha direção, olhou bem na minha cara de felicidade e com os olhos mais puros que já vi, repetiu com firmeza a frase que ecoou como um palavrão: “Muito obrigado pela compreensão”.


Marco Cardoso

Eu Amo a minha preta.


Essa é pra quem nunca tinha visto a gente junto, vaaaaaai.
Cenário o Rio Sucuriu em Três Lagoas fronteira com SP.
Compondo o enredo o meu amor por você.
Ouvindo: Super Barrio Bros - Outro Instr

Poemeta

Refeição estragada.

Devora-me
em jejum
sou carpaccio
carne viva
o sabor a 36°
células interligadas
oxigênadas
rede orgânica
porém virtual
conectada ao mundo
por dois olhos
que enxergam
muito mal.


Marco Cardoso

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Fila?


Quem mora em Campo Grande e depende do transporte coletivo, sabe que a realidade é bem diferente daquele comercial débil mental da Assetur. Eu fico indignado quando vejo este tipo de publicidade que veste fantasia, sou um exemplo de usuário (de transporte coletivo rsrsrs) pego busão todos os dias para ir e vir trampar, sente na pele o mundo real, onde fedores e apertos são figurinhas carimbadas. Pior ainda do que estas situações é o fato que a população num tem um pingo de educação. Puta que pariu você chega no terminal e tenda achar uma fila certa, em que todas as pessoas respeitem a sua vez, duvido que encontre alguma, no máximo pode achar uma meio torta com altos malandroviskis que ficam cercando a fila esperando o momento oportuno da chegada do busão pra furar literalmente a fila e se colocar bem no meio do caminho de quem esta descendo do ônibus. Esses tremendos filhos da puta desprovidos de educação e, bons modos são fáceis de encontrar e identificar, estão sempre rodeando a fila com uma cara lavada de quem caiu do caminhão de mudança de propósito. Meus caros leitores a situação é bem complicada, no meu ver deveríamos utilizar um grupamento de choque com cães sanguinários para escoltar os passageiros até a entrada do buzu sem ter contato com estes sem cultura de pai e mãe. Agora se tu és um destes filhos de mãe desonesta, eu queria dizer que ainda a tempo de mudar de vida ou ao menos acordar pra ela ou então vamos abolir logo esse negócio e instituir a anarquia.

Recanto

Salve salve galera
to aqui pra dar uma dica de leitura
uma não são milhares de dicas
tem autor pra caramba neste site
este link ai http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=843
vai direto pra insanidades
que eu costumo a escrever por lá
uma boa pedida pra quem tem tempo
pra exercitar a leitura.
Braçonhas pra todos.

"Mudo de Cor Conforme a Razão Capoeira é Ilê Camaleão"


1º Treino

Muito carinho
na descida
equilibra o corpo
na ponta do pé
ginga prum lado
ginga pro outro
feito o rei pelé
finge que vai
mais num vai
acaba fondo
pra fugir da benção
descer de migué
faz parte dos planos
cocorinha
pro martelo num pregar
parafusa esse giro
de forma singular
rasteira de pé
vento beirando
a testa
tudo na minha responsa
aproveito a volta
da força pendular
pra fazer minha festa
quando a meia lua de compasso
sair de trás das nuvens
é um tal de
esconda-se quem puder
só num vai
quem num é malandro
no mais vai quem quer
mando um axé glorioso
honrando o sangue
intra-venoso
que fortalece
as raízes do nosso povo
pobre preto trabalhador
o chão é o lugar
de quem nunca te valorizou
a força vem de dentro
do interior
do sofredor
aqui cai feito jaca
quem troca os pés
pelas mãos
seguida duma armada
chapa pulada
na altura da lata
do vacilão
pois respeito
é o preceito básico
pra entrar na roda
se ficar de bobeira
leva telefone
e não escuta as notas
que ecoam do atabaque
acampanhando as batidas
do seu coração
é o que rege minha vida
ainda sou escravo
mais um dia
chego a professor
sem presa
sem desespero
contando sempre
lado a lado com meus irmãos
a humildade faz minha estrada
um passo atrás do outro
sigo minha caminhada
pré-disposto
as vezes um passo atrás
e dois a frente
esquivando da maldade
quebro as correntes
desta gente
que sente o couro arrepiar
quando o berimbau começa a tocar
faz parte da alma
e na sua tem muito disso
pode acreditar
chega junto e fortifica comigo
a sua essência
e de todos os brasileiros
é missigenar
o poder do povo
é o Axé
isso nos torna
a mola do mundo
vem pra roda
quem quiser
criolo
ginga prum lado
ginga pro outro
finge que fui
e acabei fondo
meus ancestrais
tremem o solo sagrado
desta roda
eu continuo gingando.

Marco Cardoso

Este testículo eu escrevi em homenagem a galera da Ilê Camaleão aos professores Café Alan e Paraguayo, ao Mestre Liminha e toda galera que ta sempre forte no Axé.
Lembrando a todos que a academia do Café e do Paraguá ta funcionando de vento em polpa ali na Vila Carvalho na rua do antigo Sarau da Madá, mais informações é só me perguntar que eu explico como chegar. Axé.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dia da Consciência Negra


"Eu tenho o cabelo duro e não o miolo mole."


Que assim seja todo preto brasileiro, rico ou pobre não importa, pois o mais importante é ser verdadeiro. Hoje celebramos todos os heróis que a história não reconhece, homenageamos os guerreiros que tombaram em nome da causa e da raça. Alias foi através dela e com muito dela que suportamos as desigualdades e injustiças deste mundo de meu Deus, chegando até os dias de hoje com uma arma mais poderosa que qualquer soldado americano possa empostar: a consciência. Um grande dia a todos negros ou não, pois o dia não é da cor e sim de quem tem opinião.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Poemeta

Palhaçada.

Enquanto esperava
o atendimento ao cliente da vivo
resolvi digitar
este poema sem sentido
e pra não perder o ritmo
vesti o meu nariz vermelho
e fui muito mal atendido.

Marco Cardoso

IndicAção


Segue ai a dica dum site du bom contracultura e diversão.


Passando a Letra


Tem vezes que a gente canta uma música e nem consegue entender a letra. Tá aqui um espaço onde eu vou passar qual é a letra certa pra você. Com muito prazer começamos com GOG de Brasília com Brasil com P. Provando e comprovando que a capital federal tem mais a oferecer do que políticos ladrões.
Brasil Com P

PESQUISA PUBLICADA PROVA
PREFERENCIALMENTE PRETO
POBRE PROSTITUTA PRA POLÍCIA PRENDER
PARE PENSE PORQUÊ?
PROSSIGO
PELAS PERIFERIAS PRATICAM PERVERSIDADES
PM'S
PELOS PALANQUES POLÍTICOS PROMETEM PROMETEM
PURA PALHAÇADA
PROVEITO PRÓPRIO
PRAIAS PROGRAMAS PISCINAS PALMAS
PRA PERIFERIA
PÂNICO PÓLVORA PA PA PA
PRIMEIRA PÁGINA
PREÇO PAGO
PESCOÇO PEITOS PULMÕES PERFURADOS
PARECE POUCO
PEDRO PAULO
PROFISSÃO PEDREIRO
PASSATEMPO PREDILETO
PANDEIRO
PRESO PORTANDO PÓ PASSOU PELOS PIORES PESADELOS
PRESÍDIO PORÕES PROBLEMAS PESSOAIS
PSICOLÓGICOS PERDEU PARCEIROS PASSADO PRESENTE
PAIS PARENTES PRINCIPAIS PERTENCES
PC
POLÍTICO PRIVILEGIADO PRESO PARECIA PIADA
PAGOU PROPINA PRO PLANTÃO POLICIAL
PASSOU PELO PORTA PRINCIPAL
POSSO PARECER PSICOPATA
PIVÔ PRA PERSEGUIÇÃO
PREVEJO POPULARES PORTANDO PISTOLAS
PRONUNCIANDO PALAVRÕES
PROMOTORES PÚBLICOS PEDINDO PRISÕES
PECADO PENA PRISÃO PERPÉTUA
PALAVRAS PRONUNCIADAS
PELO POETA IRMÃO
Para aliviar a segunda um poemeta do Curitibano marginal Paulo Leminski:

Lembrem de mim
como de um
que ouvia a chuva
como quem
assiste missa
como quem hesita, mestiça,
entre a pressa e a preguiça.

Mensagem do dia:

Essa eu roubei do blog sarava club

Cultura é identidade. Mais que isso, é tudo o que o homem imaginou para moldar o mundo, para se acomodar nele e torná-lo digno de si próprio. É isso a cultura: tudo o que o homem inventou para tornar a vida vivível e a morte afrontável.

Aimé Césaire

Que país é este?


Antes que perguntem, eu não sou fã de Legião Urbana e também não suporto aqueles que se dizem patriotas, mas que na real só são brasileiros na época de copa do mundo. Aproveitando a deixa o assunto aqui em questão é a nossa maior paixão: "o futebol". Nossa seleção mostrou ontem que em suma é um amontoado de cabeças de bagre, com raros craques que fazem a diferença, no meu ver nada mais óbvio que ter um time formado por grosseiros pés-duro pois o nosso técnico é o maior exemplo historico do futebol nacional de um "cabeção de bagre do caramba."

Pontapé Inicial

Boa noite pra quem é de boa noite e bom dia pra quem é de bom dia, muito axé para todos que por aqui passarem. Tem início neste exato momento as transmissões do nosso blog, isso mesmo que você leu, este blog não é só meu, pretendo que este espaço tenha uma identidade de liberdade e as vezes também de libertinagem. Sejam bem-vindos ao mundo de delírios insanos, prazeres da carne e vícios literários, enfim um espaço pra contracultura e, até mesmo para a publicidade nua e crua. Sayonara.

Uma breve definição sobre o autor:

ainda procuro definição
meu passo trocado
confunde qualquer intenção
de classificação.

Marco Cardoso