sexta-feira, 19 de março de 2010

Quando ouvi ele cantar a opinião mudou.


A voz era rouca, usando aquela touca poderiam até mesmo concluir, começou a gripar, na sequência da música não baixou a ronquidão, nem falhou, continuou como artifício e foi ficando cada momento mais bonito. Sem fraquejar a levada ganhou um tom de fumaça no ar, quem sabe acumulou na garganta e o maluco utiliza-se desta arma toda vez que canta, devagarinho vai soltando junto as notas musicais uma nuvenzinha, fundida, que explode feito chiclete ploc no ar, inebriando a cabeça de quem quiser escutar. Coisa boa este chapuletar, transfere nossa alma, teletranporta toda a fossa proutra paroquia, deixa só o lado bom da vida aflorar. Tem time que canta a vitória antes do tempo e entra em campo de salto alto, o tombo é quase sempre inevitável, tem time que entra desacreditado e usa disso para se tornar forte, esse neguinho fez igual ao último exemplo, fortaleceu na prática e quebrou todo o conceito pré formulado, ganha o meu voto, vai para o trono, tens o aval deste jurado.

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