quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Poeminha pé no chão

Não quero a beleza plástica/
enfeitada com fricotes/
maquiagem/
e roupas de marca/
Não quero a chapinha no cabelo/
os lábios de batom colorido/
e o sapato salto alto/

Desprezo o comentário fútil/
o tratamento forçado/
e as pessoas que trazem um crocodilo escondido no sorriso/
Não me hipnotizo pela aparência bonitinha/
e muito menos pela ignorância bem comportada/

Quero ter a liberdade do mendigo/
a lucidez do bêbado/
a esperança do guardador de carros/
a astúcia do gari/
e a coragem do pedreiro/

Pois uma coisa nessa vida ainda me comove/
É a beleza pura da moça proletária/
Aquela que anda de ônibus lotado/
e nem liga de usar a mesma roupa na escola e no trabalho/

Mas apesar dessa escuridão/
e do tempo nublado/
Sigo por aí/
quieto e distraído/
Sempre acreditando que só alcança o sonho
quem enfrentou a estrada com os pés descalços
num chão de perseverança/
humildade e sinceridade/

danilo nuha

poema de um amigo que faz falta que joão antônio te guie e lima barreto ilumine vai na fé rabuja daniro san muito axé da caldeira pra tu.

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