Marco Cardoso
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Eu não sou poeta.
Marco Cardoso
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Cena
Natividade
Natalzão passou e o que ficou de bom foi a união da família, quem passou longe dos seus recebe daqui deste lado um grande abraço e desejos de que a paz reine no seu próximo ano.
Sem engano vos digo que só o amor supera tudo e graças a Deus eu sou muito grato pelo amor que recebo todos os dias da família e da minha esposa. Sei que muita gente pode ficar até com o pé atrás com declarações deste tipo, pois vemos todos os dias os políticos sociais mentindo pelos cutuvelos e levando vantagem por meio da desvantagem do seu próximo. Porém meus caros leitores (desculpe pretenciosa declaração no plural mamãe), na real o fato de eu usar este blog para libertar os meus sentimentos representa pura e simplesmente a vontade de dividir com alguém o amor que sinto.
E o hoje quero dividir com você que lê essa bodega um pouco de sentimentos positivos, um sorriso, um abraço e até um beijo no rosto das meninas. O barato é que aqui tento fazer nascer uma corrente do bem, não uma daquelas correntes que se tu não enviar para dez desgraçados amigos amargará uma tremenda maldição. A corrente em questão é um incentivo, um empurão, uma bica pra frente, um bumba meu boi, quem estava triste quando der por si já foi, desta pra uma bem melhor de humor. Sem mais delongas espero que essa vibe chegue nas maos de quem merece, paz, amor, feliz natal e um pouco de reggae.
Ouvindo Djavan
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Conto que num vale um conto.
Oito e dez, teria de entrar as oito. Tomei cinco cervejas e minha cabeça pesa, ontem ainda finalizei a noite ao melhor estilo das periferias de Campo Grande, melando os dedos. Acordei atrassado e corri pro banheiro, tomei um banho de gato e bolei logo ali no ato sentado no vaso o meu pretencioso articulador de pensamento atrassado. Do banheiro para o quarto me vestindo no intervalo, calço os sapatênis sentado no estrado da cama, ontem dormimos no chão, os colchões foram encaregados de amortecer as estripulias. Abro a bolsa já pronto pra partir e me deparo com a falta do fogo pra botar no faz me rir, que merda. Vou da cozinha pra sala da sala pra cozinha tentando manter acessa a chama de um isqueiro sem pedra, que quase explode na minha mão, na terceira tentativa queimão em vermelhidão, isso é bem a cara da sociedade consumista produzindo porcarias de sub-produtos que não valem nem uma cebola.
Marco Cardoso
Poemeta
não ouvi nada
num vi nada
seu doutor
e se perguntarem
não ta mais aqui
quem falou
evito assunto
é a lei
da rua
fico na minha
você fica na sua.
Marco Cardoso
Dêga uma dica
Essa foi fraquinha, pois na real quem é que não curte música nessa porra aqui.
Mas deixando de lado todos os fatos, queria deixar registrado o meu salve pro Bruninho Xavier grande brother que ta mandando muito bem nos trampos com a galera da Brasileto. Olha a coooorrrdaaaaaa. kakkakaak.
Voltando a dica lá vai:
http://umquetenha.blogspot.com/
Entra lá baixa e se esbalda.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Continho
Só tenho base
Acabou o meu estoque de felicidade (do boldim), desci até o bar do Regis um paraguayo barrigudo que sempre atende com um ar de amizade e um sorriso de malandro que na verdade esconde tudo, tá ligado aquele riso de viés maroto que não vale um vintém. É de lei entro no seu bar e tenho sempre a impressão de que serei ludibriado, esta sensação aumentou quando deparei com seu neto Bolachão ao meu lado, alisando seu bigodinho de malaco com um taco de sinuca debaixo do braço. Truquei no ato - eae bolacha faz a nossa? Recebi um recado despreocupado do gajo, só tenho base e ta regado.
Marco Cardoso
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Foi
Marco Cardoso
Viria a calhar ou credores a postos.
O barato é louco.
Tô aqui na hora do rango em frente a minha mesa, laricado no último e ouvindo o som do 509E. Puta que pariu som de prima, to partindo agora prum rolé pra homenagear o meu tio BOB, mais um dois to ai de volta. Só passei aqui pra desejar a qualquer alma penada que passe neste recinto uma quarta feira iluminada. Inspiração.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Poemeta
O frio de hoje
congelou a ponta dos dedos
rasgou a canela ao meio
como diria a periferia
o bagulho ficou feio
quando os homi da lei
chegaram
borrachada em réu primário
soy trabalhador seu doutor
desta vez não funcionou.
Marco Cardoso
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Poeminha pé no chão
enfeitada com fricotes/
maquiagem/
e roupas de marca/
Não quero a chapinha no cabelo/
os lábios de batom colorido/
e o sapato salto alto/
Desprezo o comentário fútil/
o tratamento forçado/
e as pessoas que trazem um crocodilo escondido no sorriso/
Não me hipnotizo pela aparência bonitinha/
e muito menos pela ignorância bem comportada/
Quero ter a liberdade do mendigo/
a lucidez do bêbado/
a esperança do guardador de carros/
a astúcia do gari/
e a coragem do pedreiro/
Pois uma coisa nessa vida ainda me comove/
É a beleza pura da moça proletária/
Aquela que anda de ônibus lotado/
e nem liga de usar a mesma roupa na escola e no trabalho/
Mas apesar dessa escuridão/
e do tempo nublado/
Sigo por aí/
quieto e distraído/
Sempre acreditando que só alcança o sonho
quem enfrentou a estrada com os pés descalços
num chão de perseverança/
humildade e sinceridade/
danilo nuha
poema de um amigo que faz falta que joão antônio te guie e lima barreto ilumine vai na fé rabuja daniro san muito axé da caldeira pra tu.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Poemeta
Os homi
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Obrigado Corinthans
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Bora.
Bebo por que é líquido.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Segunda divisão.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Poemeta
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Morre lentamente...
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Muito obrigado pela compreensão.
Marco Cardoso
Eu Amo a minha preta.
Poemeta
Devora-me
em jejum
sou carpaccio
carne viva
o sabor a 36°
células interligadas
oxigênadas
rede orgânica
porém virtual
conectada ao mundo
por dois olhos
que enxergam
muito mal.
Marco Cardoso
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Fila?
Recanto
to aqui pra dar uma dica de leitura
uma não são milhares de dicas
tem autor pra caramba neste site
este link ai http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=843
vai direto pra insanidades
que eu costumo a escrever por lá
uma boa pedida pra quem tem tempo
pra exercitar a leitura.
Braçonhas pra todos.
"Mudo de Cor Conforme a Razão Capoeira é Ilê Camaleão"
Muito carinho
na descida
equilibra o corpo
na ponta do pé
ginga prum lado
ginga pro outro
feito o rei pelé
finge que vai
mais num vai
acaba fondo
pra fugir da benção
descer de migué
faz parte dos planos
cocorinha
pro martelo num pregar
parafusa esse giro
de forma singular
rasteira de pé
vento beirando
a testa
tudo na minha responsa
aproveito a volta
da força pendular
pra fazer minha festa
quando a meia lua de compasso
sair de trás das nuvens
é um tal de
esconda-se quem puder
só num vai
quem num é malandro
no mais vai quem quer
mando um axé glorioso
honrando o sangue
intra-venoso
que fortalece
as raízes do nosso povo
pobre preto trabalhador
o chão é o lugar
de quem nunca te valorizou
a força vem de dentro
do interior
do sofredor
aqui cai feito jaca
quem troca os pés
pelas mãos
seguida duma armada
chapa pulada
na altura da lata
do vacilão
pois respeito
é o preceito básico
pra entrar na roda
se ficar de bobeira
leva telefone
e não escuta as notas
que ecoam do atabaque
acampanhando as batidas
do seu coração
é o que rege minha vida
ainda sou escravo
mais um dia
chego a professor
sem presa
sem desespero
contando sempre
lado a lado com meus irmãos
a humildade faz minha estrada
um passo atrás do outro
sigo minha caminhada
pré-disposto
as vezes um passo atrás
e dois a frente
esquivando da maldade
quebro as correntes
desta gente
que sente o couro arrepiar
quando o berimbau começa a tocar
faz parte da alma
e na sua tem muito disso
pode acreditar
chega junto e fortifica comigo
a sua essência
e de todos os brasileiros
é missigenar
o poder do povo
é o Axé
isso nos torna
a mola do mundo
vem pra roda
quem quiser
criolo
ginga prum lado
ginga pro outro
finge que fui
e acabei fondo
meus ancestrais
tremem o solo sagrado
desta roda
eu continuo gingando.
Marco Cardoso
Este testículo eu escrevi em homenagem a galera da Ilê Camaleão aos professores Café Alan e Paraguayo, ao Mestre Liminha e toda galera que ta sempre forte no Axé.
Lembrando a todos que a academia do Café e do Paraguá ta funcionando de vento em polpa ali na Vila Carvalho na rua do antigo Sarau da Madá, mais informações é só me perguntar que eu explico como chegar. Axé.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Dia da Consciência Negra
Que assim seja todo preto brasileiro, rico ou pobre não importa, pois o mais importante é ser verdadeiro. Hoje celebramos todos os heróis que a história não reconhece, homenageamos os guerreiros que tombaram em nome da causa e da raça. Alias foi através dela e com muito dela que suportamos as desigualdades e injustiças deste mundo de meu Deus, chegando até os dias de hoje com uma arma mais poderosa que qualquer soldado americano possa empostar: a consciência. Um grande dia a todos negros ou não, pois o dia não é da cor e sim de quem tem opinião.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Poemeta
Enquanto esperava
o atendimento ao cliente da vivo
resolvi digitar
este poema sem sentido
e pra não perder o ritmo
vesti o meu nariz vermelho
e fui muito mal atendido.
Marco Cardoso
Passando a Letra
PESQUISA PUBLICADA PROVA
PREFERENCIALMENTE PRETO
POBRE PROSTITUTA PRA POLÍCIA PRENDER
PARE PENSE PORQUÊ?
PROSSIGO
PELAS PERIFERIAS PRATICAM PERVERSIDADES
PM'S
PELOS PALANQUES POLÍTICOS PROMETEM PROMETEM
PURA PALHAÇADA
PROVEITO PRÓPRIO
PRAIAS PROGRAMAS PISCINAS PALMAS
PRA PERIFERIA
PÂNICO PÓLVORA PA PA PA
PRIMEIRA PÁGINA
PREÇO PAGO
PESCOÇO PEITOS PULMÕES PERFURADOS
PARECE POUCO
PEDRO PAULO
PROFISSÃO PEDREIRO
PASSATEMPO PREDILETO
PANDEIRO
PRESO PORTANDO PÓ PASSOU PELOS PIORES PESADELOS
PRESÍDIO PORÕES PROBLEMAS PESSOAIS
PSICOLÓGICOS PERDEU PARCEIROS PASSADO PRESENTE
PAIS PARENTES PRINCIPAIS PERTENCES
PC
POLÍTICO PRIVILEGIADO PRESO PARECIA PIADA
PAGOU PROPINA PRO PLANTÃO POLICIAL
PASSOU PELO PORTA PRINCIPAL
POSSO PARECER PSICOPATA
PIVÔ PRA PERSEGUIÇÃO
PREVEJO POPULARES PORTANDO PISTOLAS
PRONUNCIANDO PALAVRÕES
PROMOTORES PÚBLICOS PEDINDO PRISÕES
PECADO PENA PRISÃO PERPÉTUA
PALAVRAS PRONUNCIADAS
PELO POETA IRMÃO
Mensagem do dia:
Cultura é identidade. Mais que isso, é tudo o que o homem imaginou para moldar o mundo, para se acomodar nele e torná-lo digno de si próprio. É isso a cultura: tudo o que o homem inventou para tornar a vida vivível e a morte afrontável.
Aimé Césaire
Que país é este?
Pontapé Inicial
Uma breve definição sobre o autor:
ainda procuro definição
meu passo trocado
confunde qualquer intenção
de classificação.
Marco Cardoso