segunda-feira, 25 de maio de 2009

Como as coisas devem ser


Já se foram, os dias de três meses mal passados, sangrando aos poucos, triste feito nelore a caminho do frigorífico, dia após dia, badalando, minha sina de ser o pino do sino, pra lá pra cá, até encontrar o ponto certo da minha loucura e voltar a balançar. Deixei de ser legal com o meu melhor amigo, eu mesmo, preciso me reconquistar, não deu tempo de alcançar, corri mais rápido, o pulmão mortinho da silva, enterrado, pregado sete palmos e 456 maços abaixo da vida. Aonde foram parar as tiradinhas manjadas, as respostas quase prontas reinventadas, quero de volta o meu prazer de viver. Este manifesto tira das lentes de sua íris a premeditada e bem preparada fuligem, acabo de cair numa fria, em pleno horário de verão, preciso abastecer meu coração, no cartão de débito, meu crédito na praça há muito se perdeu, preciso de você e eu, um pouco de natureza, revistas de mulher pelada e informação, livros, música, gente boa, coisa atoa, despretensão, tesão e um naco de ilusão. Quero voltar ao bar, bater a 600rpm, ciente que o sistema teme, pessoas comuns com opinião, na minha, as nossas nunca valerão. Consumo tudo o que for bom e que valha menos que um pão, vendido a quilo, dormido. Um dia, um João (ninguém) disse que sou anti-consumista, puxa vida, muito obrigado, o seu comentário salvou minha vida, de suicidar o pouco que tenho, num mar de aprender com você, como as coisas devem ser.

Ouvindo: NNEKA - Stand Strong

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