sexta-feira, 7 de março de 2008

Una Crônica de la fronteira.


Bom dia galera, amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual, estou aqui no trabalho com o característico tereré ao lado da impressora, recuperando os líquidos perdidos no futebol de ontem à noite. Só mesmo o tereré salva nessas horas um fígado perdido e é sabido por todos os sul-mato-grossenses que a tradição de tomar erva-mate gelada foi herdada dos nossos vizinhos paraguaios, não por acaso a cidade fronteiriça de Ponta Porã é conhecida como a Princesinha dos Ervais, referência aos campos de erva-mate abundantes naquela região. A rapaziada mais atualizada também tá ligada que hoje em dia os ervais que dominam aquelas areas são muito mais prensados e chicletados, as vezes comercializados por cinqüenta centavos ali na região central, no formato de bolinhas de gudê. Só dar um rolézim nas ruas que fervilham de gente comercializando tudo quanto é tipo de bugiganga que tu dá de cara com um desses de menor que fornecem a marijuana diária da galera de todo Brasil, não vá pensando que a galerinha do mal utiliza-se destas bolinhas para jogar bolita, o único valor é o de venda. Como no jogo de gudê aqui a leiterinha vale mais, a famosa mistura de natureza com química recebe o nome de melado e quem já experimentou sabe que ele mela mesmo os dedos. Bem por lá nas bandas da fronteira também corre solto nas vias nasais o ratatá inflamado e dizem as más línguas dormentes que até bala e doce têm. Por essas e outras sugiro que o título de Princesinha dos Ervais seja atualizado, o fluxo de turistas na região vai pipocar se a prefeitura resolver adotar o apelido carinhoso de Princesinha dos Loucos, caso não dê certo é só transformar a city em uma comunidade hippie.

Nenhum comentário: