sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sou carne de terceira

Tinha esperança
Sorria fácil feito criança
Toda relevância perdeu a graça
Em meio à insignificância
Da falta dos atos
se desbanca
desbarrancou
Acordado enquanto dorme
Dominado pelo sono
Deitado em pé
Ressaca pura
As olheiras dominam o semblante
Desanda
O zumbi das ruas
Vivendo torto por tortos caminhos
Perdeu o valor
como os fios
Ta careca de saber
Que as coisas ilegais
o separam de você
Falando na terceira pessoa
Para tentar me esconder
Tiro o corpo fora
Fujo em branco
Aqui só o escuro é puro
na negritude se misturam todas as cores
O sangue é forte
Intenso nos amores
Doutores tentaram explicar
A verdade está presente
Onde não há
Tente enxergar
Por trás de todos os rótulos
O produto não presta.

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