segunda-feira, 16 de junho de 2008

O que vale é tirar onda.


Desobedece esquema tático, percorre e corre, e como corre o campo todo, o tempo todo, a procura da bola perfeita, passe de letra, seu vocabulário pedestre engana quem espera que vai prum lado ele vai proutro, coisa fina, jogada de mestre, zagueiro sentado faz pique nique na grama pra disfarçar, goleiro finge um golpe de vista, nem vale a pena pular. Chega em casa encardido feito a própria marcação, não existe bola perdida nem mesmo pressão. Suja o uniforme em cada diferente espaço do quadrilaterro, sua roupa varia do vermelho do terrão ao branco da cal, esfolado na mão, no joelho, de fato é boleiro. Ponta direita ou esquerda, nem importa a variação. Ele é o jogo, é fogo, uma bomba no pé e outra no coração. Bate pronto, explosão, o grito do picolezeiro - joga muito este cabra, desce uma caixa pra rapaziada, é por minha conta. Amanhã eu vou trabalhar mesmo que seja no faz de conta, com o uniforme de campeão e na mão aquela ponta, se sobrar.

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