quinta-feira, 8 de julho de 2010

Em Campo Grande


Brisa do mato
Orvalho suado
Peguei um atalho
Pelo meio do parque
Onde os indígenas
Só entram na ilustração da placa
E segue caminhando a playboyzada
Nike em passo apresado quando me vê
Os zóio no pé
Quase à correr
E por quê?
Só quero passar
Nem queria te ver
Sou mais a capivara na grama
Que uma paty na cama
Ou um conforto sem merecimento
do olho por olho
do dente por dente
mastigando a gente
dizendo com o corpo
Tudo o que sente
Mesmo sem saber
Junta na bolsa
Atravessa a via
Faz pensar
Com raiva perdôo
Grito pra dentro um deixa pra lá
Levo o natural na palma das mãos
E fricciono até que despedaça
Toda a graça da vida
Em nuvens disformes
De formatos variados
Estrategicamente engraçados
Teletransportando a alma
De volta ao lado bom da vida
Vou dando risada da desgraça
Brisa do mato
Orvalho suado
junto raça fudida.

2 comentários:

anê disse...

Sou mais a capivara na grama
Que uma paty na cama HAHAAHA muito bom marco.. obrigada pelos comentarios sempre ótimos no meu blog.

Cabrobó disse...

ficou duca essa hein bro. tava pensando e fazer umas intervenções urbanas com conteúdo e tal, e esse texto encaixa certinho. pensa aê mano como a gente pode fazer. énóisnafita